Monday, November 06, 2006

"o amante detalhista"

de Alberto Mangel. Infelizmente, ainda não foi publicado em Portugal, mas estou a ler uma excelente edição da Companhia das Letras (Brasil).
Sobre o herbário de Vasanpeine: "... o seu trazia uma impressionante variedade de estranhos retalhos e fragmentos impossíveis de identificar: pedacinhos de couro e de casca de árvore, papeis e tecidos, cordas e fios, uma teia de bordados ou um chumaço de cabelos. O que torna notável a coleção de Vasanpeine é o desprezo, em alguém tão jovem, pela forma convencional, pelo feitio reconhecível, pela coisa inteira ou Gesamtskunstwerk, pela divisão tradicional em reinos naturais com as rígidas fronteiras entre o mineral, o vegetal e o animal. Mesmo nessa tenra idade, Anatole Vasanpeine via o mundo como fragmentos identificáveis cuja autonomia era capaz de reconhecer sem utilizar uma Gestalt abrangente."

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